Crítica - Guardiões da Galáxia

 

    Guardiões das Galáxias (2014)dirigido e escrito por James Gunn, é o quarto filme da Segunda Fase do Universo Marvel nos Cinemas e começa com a história de Peter Quill (Chris Pratt), um terráqueo que foi abduzido, ainda criança, por piratas espaciais, na noite da morte de sua mãe. Peter foi criado por esses piratas e aprendeu a se virar no espaço, tendo apenas um Walkman, com uma fita recheada de músicas dos anos 70 e 80, e um embrulho, ainda fechado, dado por sua mãe no dia de seu falecimento. Um dia, exercendo suas tarefas de pirata espacial, Peter Quill furta um Orbe muito procurado e é perseguido por um grupo de subordinados a Ronan, o Acusador (Lee Pace), um Kree impiedoso e cruel. Na tentativa de vender o Orbe, Quill encontra Gamora (Zoe Saldana), uma assassina enviada por Ronan, e a dupla Rocket Racoon (Bradley Cooper) e Groot (Vin Diesel), caçadores de recompensas. No meio da luta, o Esquadrão Nova os captura e os leva para a penitenciária Kyln e lá, eles conhecem Drax, o Destruidor (Dave Bautista), um brutamontes em busca de vingança contra Ronan. Após alguns desentendimentos e brigas, o grupo de marginais resolve se unir para fugir da prisão.

    Antes do filme, eu não fazia ideia do porquê a Marvel planejava colocar na lista da Segunda Fase do Universo Marvel nos Cinemas. Eu não conhecia os Guardiões antes das notícias da pré-produção e, quando fiz uma pequena pesquisa, fiquei confuso. O único contato que tive antes de tudo isso foi o Rocket Racoon no Marvel Versus Capcom 3. Nunca imaginaria que aquele personagem 'zoadaço' (porém Badass) estaria nos cinemas. Mas não só o Rocket como toda a equipe dos Guardiões, já que não são muito conhecidos nem pelo público e nem pelos leitores de quadrinhos por serem uma equipe relativamente nova e sem muito contato com os heróis mais "terrestres".

    Depois dos boatos de pré-produção, da escolha do elenco e das divulgações das primeiras imagens, lançaram o primeiro trailer:     

     Depois disso eu comecei a entender o caminho que o filme estava seguindo.

    Os personagens do filme, e suas personalidades contrastantes e descontraídas, são o que fazem o filme funcionar. O humor, utilizado nesse com mais veemência do que em Os Vingadores (2012), dá o gosto e a simpatia necessária que o filme precisa para cativar o público que, por sua maioria (incluindo eu), desconhece os Guardiões da Galáxia.

    Os personagens foram bem equilibrados, coisa que sempre preocupa em filmes de equipes, e são cativantes ao seu modo. Peter Quill é malandrílço (sempre simpático à la Han Solo) e tem um foco maior na história, com um passado mais desenvolvido que os outros do time. Gamora tem um contexto mais sujeito a se relacionar com o vilão do filme, do estilo 'durona porém legal'. Drax tem uma história que se alinha no contexto, porém meio contrastante, no início, com um grupo mais simpático, porém com um tempo, ele mostra seu lugar no grupo (e rende boas piadas). O brilho da equipe é a dupla Rocket Racoon e Groot, que trazem as melhores cenas de ação e principalmente por serem os seres mais diferentes dos Guardiões e terem mais possibilidades de quebras, gerando um humor bem massa.

    Além de apenas divertir e apresentar o grupo galático ao grande público, o filme expande notavelmente o Universo Marvel (literalmente), com a mesma relevância que Thor (2011) abriu a possibilidade de vilões espaciais e arqui-inimigos poderosos aparecerem em Os Vingadores. Contextualizando a chegada do impiedoso Thanos (o bicho feio e queixudo que aparece no final de Os Vingadores) como o mega-vilão de Os Vingadores 3.    

    A escolha de James Gunn, para dirigir a mistura de comédia e ação, foi uma boa escolha, assim como a maioria das escolhas do produtor e presidente da Marvel Studios, Kevin Feige. Joss Wheadon, diretor e roteirista de Vingadores e consultor criativo de Guardiões, disse que James Gunn é o que faria o filme funcionar. "Ele é tão fora do normal, e louco, mas muito inteligente, é um artesão e constrói a partir do coração. Ele ama o guaxinim. Precisa do guaxinim!". Ademais, o filme segue uma linha satisfatória e empolgante ao decorrer do filme, começa com um peso emocional interessante, apesar de repentino, faz a curva para o cômico quase tocando o ridículo e logo em seguida vira para a adrenalina de cenas de ação com uma pitada de humor sutil. E assim o filme segue, se sustentando com empatia, sátiras e referências deixando a marca dos Guardiões da Galáxia no Universo Marvel.

    Enfim: Os Guardiões da Galáxia é muito divertido e bem humorado e explora novos horizontes da Marvel. Funciona tanto para fãs, quanto para leigos que não assistiram a todos os nove filmes anteriores.
    
Veredicto: Recomendo pacas!
    


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